Antecipação de recebíveis como vantagem competitiva
A antecipação de recebíveis não deve, sob nenhuma hipótese, ser negligenciada, uma vez que pode...
As inovações financeiras tecnológicas têm trazido novas soluções para o fluxo de dinheiro e novas opções de moedas surgiram ao longo dos últimos anos. A mais conhecida delas, o Bitcoin, já completou 10 anos. Essas novidades fazem parte da Indústria 4.0, sobre a qual já falamos aqui em um post da Br Financial.
O pagamento com as criptomoedas pode ser feito internacionalmente e virtualmente, sem levar em conta os regulamentos dos países, as fronteiras ou restrições. Para receber ou efetuar transações, você precisa fazer um cadastro em um site de gerenciamento de moeda digital como o BitPay ou BitcoinPay, escolher para qual moeda suas criptomoedas serão convertidas e ficar atento à taxa cobrada por cada site para cada transação. Depois do cadastro, seu perfil pode ser compartilhado com seus clientes ou fornecedores via QR Code ou com um link de pagamento.
As transações entre usuários de criptomoedas acontecem sem intermediários e aceleram os processos. Por exemplo, uma transação entre bancos (DOC) pode demorar até 24 horas para o dinheiro cair na conta e uma transação internacional pode demorar até 3 dias. Já uma transação de criptomoedas nacional ou internacional demora de 10 a 20 minutos.
No varejo, o uso da criptomoeda como forma de transação financeira pode ser uma aposta futura caso esse tipo de moeda se torne mais comum. Hoje, os varejistas ainda não utilizam a criptomoeda em todas as suas transações porque o número de pessoas que a utilizam ainda é irrelevante. Ainda há um certo misticismo acerca desse novo formato e muitos preferem guardar, esperando sua valorização e aguardando o que o futuro reserva para esse tipo de economia.
Mas se pensarmos na evolução da tecnologia, vemos que na população brasileira, por exemplo, existem mais pessoas com celulares do que com contas bancárias, o que pode refletir futuramente no uso desse meio econômico. Muitas empresas estão propensas a aderir a esse tipo de moeda para chegarem onde o dinheiro em papel não chega. Sair na frente na aceitação desse tipo de serviço pode ser o diferencial, mas com uma empresa de créditos como aliada, o seu negócio fica ainda mais seguro.
Apesar da agilidade nos processos de transação financeira, o mercado de criptomoedas sofre com a alta de crimes relacionados a elas. O primeiro trimestre de 2019 apresentou uma perda de criptomoedas por apropriação indevida ou fraude, atingindo US$ 1,2 bilhão – 70% do registrado de todo o ano de 2018, segundo a CipherTrace. Esse número é reflexo da estagnação do mercado, da queda dos preços e da desaceleração do mercado.
Como falamos anteriormente, ainda há uma cautela no uso das criptomoedas. Muitas pessoas preferem tê-las guardadas para esperar sua valorização do que, efetivamente, usarem-nas em seus negócios. O resultado disso é que sempre é preciso converter essas criptomoedas em dinheiro caso o mercado não aceite esse uso, o que pode levar a uma bolha financeira.
Os reflexos no mercado financeiro são diversos. A desconfiança nas transações com criptomoedas, a volatilidade no valor dessas moedas e a falta de regulamentação entre transações internacionais facilitando fraudes são alguns deles. No Brasil, por exemplo, entrou em vigor em agosto deste ano uma lei que obriga a que toda transação por criptomoedas seja informada à Receita Federal. É a instrução normativa Nº 1.888, de 3 de maio de 2019 – o início da regulamentação das moedas digitais no Brasil.
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